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Fotografia de Rua em Salzburgo – Primeiras impressões da Fuji X

Ontem foi dia de experimentar uma câmera “nova” em um lugar incrível. Fazer fotografia de rua em Salzburgo é simplesmente genial.

 

Tive a oportunidade de ficar 3 horas só fotografando com minha Fuji X-T1 e uma Fujinon XF 18mm 2.0. Só parei 15 minutos para comer 2 sanduíches e tomar uma água ;-)Mas como assim, Fuji? Se vc quer saber, pode ler abaixo um pouco da minha história com equipamentos, se não pode pular um pouquinho.

 

Depois de muito refletir e de conversar com as pessoas “erradas” (ou certas kkk) acabei decidindo migrar de sistema mais uma vez. Minha primeira DSLR foi uma Canon, em 2007. Logo depois migrei para a Pentax que me acompanhou por muito tempo, até final de 2013, onde voltei para Canon, desta vez Full-Frame.
Não demorou muito para eu “não gostar” da Canon. Mais particularmente pela minha maneira de fotometrar e de trabalhar as fotos. Não sobraram muitas opções e no último dia de 2015 recebi minha Nikon D700 e D750. Em verdade, estava muito feliz com elas, que cumpriam todas as “obrigações” comigo. Só tinha um problema… Eu simplesmente quase não fotografava mais de forma amadora, por paixão, pelo simples fato de não ter saco de carregar aqueles trambolhos para lá e para cá. A D750 até que tem um bom tamanho e peso com uma 35 2.0, mas qualquer outro set além desse já aumentava consideravelmente o peso e o tamanho. A D700 é a câmera que mais gostei de fotografar: isso sim que é camera! Pena que é muita câmera. É enorme e muito pesada. Carregar esse set durante 15 horas não é fácil.

Então, conversando com pessoas como o André Martins, Márcio Prestes, Eduardo Vanassi, Leandro Donato e vendo alguns trabalhos do Renato de Paula, mais alguns blogs internacionais (f16.click entre outros), tomei a decisão.

 

 

Depois de pesquisar e de pegar alguns modelos na mão, acabei decidindo pela combinação Fuji X-T1 e X-t20.A X-T1, pelo visor grande, corpo selado, boa ergonomia e pelo custo-benefício. Afinal a Fuji deu uma bela melhorada nela com as últimas atualizações de Firmware. A X-T20 veio pela nova tecnologia e pelo novo sensor. É quase igual à Fuji X-T2, mas custa a metade do valor. Como eu só preciso de uma câmera mais forte e a X-T1 já é muito boa para ensaios e noturnas, decidi economizar para pegar outros corpos.

Como minhas lentes mais usadas eram a 35 2.0 e a 85 1.8, decidi manter a combinação. Peguei uma XF-23 2.0 e uma XF-50 2.0 (que ainda não está comigo). Sempre quis uma 28mm na Nikon, então fui direto para a 18mm 2.0 que foi a lente usada nessas fotos abaixo. Para Noturnas, Lightpainting e Pista, peguei uma Walimex Pro (igual Samyang) 12mm 2.0, que é fantástica. Flash vou manter algumas relíquias que possuo pois com os RF603ii da Yongnuo funciona tudo perfeito. Para TTL e para usar na câmera, acabei escolhendo o pequeno Nissin i40.

 

Confesso que nunca tinha saído com tanta vontade para fotografar Street. Nunca me sentia à vontade com uma DSLR. Com a Fuji é diferente: ninguém tá nem aí para você… principalmente em uma cidade turística como Salzburgo.

 

 

 

 

 

 

Ergonomia e Feeling

 

A X-T1 é uma delícia para fotografar. Ela é leve e muito compacta, principalmente com a 18mm que forma uma combinação genial para street photography e para casamentos também. Gostei muito da ergonomia dela e já customizei a câmera de forma que consigo mudar tudo sem tirar os olhos do visor. Na fotografia de rua o que mais mudei foi o tipo de “filme”, entre o “Crome Classic” e o “Monocrome + R”. Estava fotografando em Raw + Fine. Mas acabei nem usando as Raw… só para testar mesmo.

Outra coisa que mudei bastante foi o tipo de disparador. O disparador mecânico é bem silencioso, mas que tal o eletrônico, que não faz NENHUM barulho? Na Catedral, por exemplo foi perfeito!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Visor e controles

 

Mesmo com o sol forte na cabeça, o visor eletrônico da X-T1 funcionou perfeito. Ele é claro, rápido e nítido. Confesso que achei que iria ser mais difícil me adaptar. Tem algumas coisas que são melhores no visor ótico, mas o fato de você ver a foto final no visor eletrônico, é demais!

Agora, o que mais me fascinou foram os controles analógicos. Pensava que era uma coisa mais estética do que prática, mas em verdade o prazer e o “feeling” de fotografar com botões “de verdade” foi fantástico!

Voltar a mudar a abertura no anel da lente é muito bom. O botão do Iso poderia não ter a trava, mas mesmo assim é fácil de mudar com uma mão. O de Velocidade é muito legal também. Gostei do fato de poder mudar pontos de luz completos, assim fica bem rápido para mudanças mais extremas (ir de 1/2000 para 1/250 são apenas 3 cliques). Assim ir da sombra para o sol era muito rápido e fácil. Gostei também que quando uma velocidade é selecionada, você pode ainda utilizar a roda frontal para os 1/3 de ponto. (Por exemplo, quando o seletor está em 1000, você pode usar de 640 até 1600). Para casamentos pode ser bem útil, para não ultrapassar determinados limites.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Configurações

 

Eu configurei a câmera para focar com o botão traseiro, com ponto central de foco. Ness ponto, a X-T20 me dá mais opções do que a X-T1, mas acredito que é suficiente assim.

As configurações de JPEG que usei foram as seguintes:

Highlights: -1

Shadows: 0

Color: +2

Sharp: +2

NR: -2

Infelizmente a X-T1 não tem a simulação de filme “Acros” que a X-T20 tem. Tudo isso é irrelevante para o RAW. Mas a minha intenção é cada vez utilizar mais os JPEG e fazer a foto “na câmera”. As cores da Fuji são muito bonitas, assim como os P&B. Acredito que em eventos estarei utilizando RAW+JPEG, mas pode ser que meus arquivos de trabalho sejam os  JPEG. Os RAWS podem servir para algum tipo de “emergência”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Se estou feliz com a troca?

 

Acredito que sim. Ainda é muito cedo para ter certeza disso. Com certeza tem algumas coisas que acredito que são melhores nas Nikon (ou Canon,…), principalmente velocidade de foco.
Outro downgrade é o rendimento das baterias. O fabricante dá como média 350 disparos com uma carga. Nesse dia eu consegui exatos 505 disparos, o que nem é tão ruim assim.

As lentes da Nikon eram bem mais baratas também, pelo menos as da série D, que eu tinha. No próximo casamento, semana que vêm, acho que vou levar a D750 de “backup”. Se ela ficar na mala: ótimo!

Para mim, a maior mudança, além da redução do peso e do tamanho, foi o ganho do “prazer em fotografar”. Pelo que senti ontem, acredito que essa câmera irá mudar minha fotografia, de forma bem positiva. Ainda falta testar ela nas noturnas e lightpainting. Ainda vou fotografar bastante essa semana antes de levar o sistema novo no próximo casamento. Será um casamento em Viena, onde os noivos querem sair com os amigos após a celebração, passeando pela cidade… perfeito para as Fuji 🙂

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Todas as fotografias deste post, são JPG originais da câmera, reduzidos em tamanho. Tem umas 2 ou 3 fotos que eu peguei do RAW, não pelo JPG ser ruim, mas para mudar de PB para cor ou ao contrário.

Espero que tenha apreciado esse post e curtido um pouco as fotos. Quem tiver a chance de fazer fotografia de rua em Salzburgo não deixe passar. É um ótimo lugar para passar uns dias e para expandir um pouco os horizontes. Sei que a X-T1 já tem uns anos no mercado e que não é o último modelo, mas sei também que tem muita gente, assim como eu, que sabe apreciar as jóias raras perdidas por aí.

Queria muito saber o que você achou disso tudo. Vamos bater um papo aqui nos comentários abaixo.

Vejo vocês lá, um abraço!

Ipe

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