MENU
canions-do-sul-8596.jpg

Caminhada no Caminho dos Canyons

Assim foi meu carnaval. Passou na minha timeline do Facebook um post do amigo Gerson Soares sobre uma caminhada no Caminho dos Canyons em São José dos Ausentes, divisa do RS e SC. Gerson é fotógrafo mas é apaixonado por caminhadas e é profundo conhecedor dessa região. Ele organizou um grupo e 20 pessoas para 3 dias de caminhada, com pernoites em barracas, ou seja, tem que levar tudo nas costas.

Conversa vai, conversa vem… eu fui. Fui com tanta febre que cheguei um dia antes do combinado kkkkk.

Primeiro Dia

Sem problemas, o lugar era mais longe que o fim-do-mundo, 5 horas e meia para percorrer 217Km… imaginem as condições da estrada. Sobe a Serra do Rio do Rastro, que sempre desejei conhecer, depois foram mais de 50 KM em estrada de terra, ou melhor, de pedra mesmo. Não achei que meus pneus iriam resisti, mas estão inteirinhos até hoje. Cheguei tarde, pois parei para fazer umas fotografias noturnas e para descansar, assim acabei dormindo no carro mesmo.

 

 

Isso foi o que consegui ver da Serra do Rio do Rastro 😉

Com esse céu, não tinha como não parar para fotografar… parei umas 3 vezes: tira câmera monta tripé, etc 😉

 

 

 

 

 

Segundo Dia

Nos encontramos na Pousada Fazenda Ecológica dos Canyons. Onde estava tudo ainda meio bagunçado por conta de um festival (Kundalini Festival) de música eletrônica que teve por lá. O mais legal, foi que as construções feitas para o festival estavam todas armadas e criou o maior clima.

 

 

 

 

 

 

 

Nada de internet, nem telefone, o negócio foi caminhar e fotografar mesmo. Visual incrível do Canyon e Cachoeira da Boa Vista

 

 

 

 

 

 

 

De noite nos encontramos todos os participantes e conversamos um pouco sobre o que seria a caminhada. Gerson passou algumas instruções e fomos dormir ansiosos pelo próximo dia.

Terceiro dia (que seria o primeiro da caminhada)

Acordamos cedo para um delicioso café na pousada para depois saírmos com tempo bom, que é um pouco raro na região. Lá formam-se micro-climas que são totalmente imprevisíveis. Uma hora está sol, depois de 10 minutos sobe uma névoa, cobre tudo e vem a chuva, bem maluco mesmo!

 

 

Gerson sempre observando e cuidando da galera!

 

 

O começo foi fácil 😉

 

 

Muitas paradas para fotos,

 

 

Cercas para atravessar…

 

 

 

 

Rios para atravessar…

 

 

 

 

 

 

E lugares para se banhar!

 

 

 

 

Segue caminhada até o acampamento, com mais uma parada para banho em um lugar muito lindo, com muitas plantas e flores e pequenas banheiras de hidromassagem… um luxo!

Depois tivemos a vista de uma cachoeira tão alta que não se conseguia ver onde ela caia. São mais de 250m de queda livre na cachoeira do Canyon Amola-Faca.

 

 

 

 

 

 

 

 

Achei um espelho para fazer uma “selfie” nos óculos da amiga Diana. 🙂

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quando estávamos quase chegando, depois de 12 Km de caminhada, fomos surpreendidos por um forte nevoeiro.

 

 

Para completar, passamos por um campo encharcado, que parecia uma esponja que atolava os pés. Como se já não bastasse, veio um ataque de mosquitos gigantes… pelo menos eles não picavam, mas o Gerson se irritou com eles 😉 Eu achei as Mutucas do Sol bem piores: ô bicho chato!

 

 

Enfim, chegamos! Montamos as barracas bem rápido para poder comer depois. Que sorte, pois mal acabamos de montá-las, caiu um baita temporal. Era água que não acabava mais. Algumas barracas viraram piscina, a minha até que sobreviveu bem, com a ajuda de uns sacos plásticos que coloquei em baixo das coisas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O pessoal foi dormir, mas os fotógrafos não 😉 Gerson e eu aproveitamos para tentar fazer umas noturnas e lightpainting. Foi bem difícil, pois a humidade era muita e a lente embaçava toda hora. Tinha que limpara a lente antes de cada foto e mesmo assim não rolava. O frio (isso mesmo, FRIO) era de rachar. Saí de Garopaba com mais de 30 graus e lá estava uma sensação térmica de uns 10 graus… e húmido.

 

 

 

 

 

 

 

 

O negócio era dormir mesmo.

Quarto Dia

Acordamos cedo para ver o nascer do Sol, as fotos falam tudo. Não foi a coisa mais incrível que vi na minha vida, mas foi bem bonito 😉

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Depois foi hora de empacotar tudo e partir para a caminhada. Enrola barraca, seca as coisas, guarda tudo, passa creminho e bora caminhar!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Chegamos ao outro acampamento exatamente na hora prevista, 16hs. Foram uns 8 a 10 Km de caminhada.
Montamos as barracas e depois de 10 minutos… CHUVA! kkkkk Parecia que era combinado.

Só que dessa vez eu fiquei mal. Pois é… eu não passei creminho e fiquei febril de insolação. Mesmo de chapéu, o que pegou foram as panturrilhas, que estavam queimando de noite.

Comi uma comidinha quentinha que a Mercia me presenteou e dormi antes das 17hs… não consegui acordar para fotografar e acabei deixando minhas expectativas de fazer umas fotos noturnas incríveis para a próxima viagem.

Quinto e último Dia

Depois de 13 horas de sono, fizemos uma caminhada ao ponto mais alto da região para ver o amanhecer.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Dalí, eu peguei minhas coisas e quis caminhar sozinho de volta para a pousada. Ainda não estava legal, então preferi fazer meu próprio ritmo, sem parar. Guardei a Câmera na mochila e parti para 7 km de caminhada solo, por entre pastos e cânions.

Tivemos um almoço bem merecido na pousada e logo depois parti de volta para Garopaba. Ainda fui presenteado com a visita de uma Raposa e pela vista da Serra do Rio do Rastro, que dessa vez mostrou sua cara.

 

 

 

Agradeço imensamente ao amigo Gerson Soares, por toda atenção e dedicação em organizar e liderar essa caminhada e também a todo o grupo que foi muito solidário e agradável durante esses dias juntos.

Conte comigo para outras caminhadas! 🙂

Ps: ainda tenho umas panoramas bem massa que fiz durante esses dias, logo logo vou postá-las também!

Fotografia: Ipe Carneiro

8 Comments

Join the discussion and tell us your opinion.

Dianne Schaldachreply
20 de março de 2017 at 15:20

Bom, sobre tuas fotos, não tem nem o que falar… sem palavras… espetaculares… E, além disso, adorei teu blog e a forma de contares essa história! Foi uma honra estar nesse trekking com você! Espero que tenha sido o primeiro de muitos!
Abraço e até o próximo….
Dianne

ipereply
20 de março de 2017 at 15:24
– In reply to: Dianne Schaldach

Que legal Dianne (chamei vc de Diana o tempo todo kkkk)!
Para mim também foi bem massa. Como eu te disse: só faltou uma fogueirinha e um violão! rsrsr
Fiquei bem contente com suas palavras sobre nosso trabalho aqui. Quando souber alguém que vai casar ou que quer um ensaio, já pode nos recomendar 😉
Nos vemos por aí ou por aqui!
Um grande abraço,
Ipe

Terezinha Tessaroreply
20 de março de 2017 at 19:35

Fantástico teu relato Felipe, me deliciei com as fotos, simplesmente fantástico. Parabéns.

ipereply
20 de março de 2017 at 20:30
– In reply to: Terezinha Tessaro

Obrigado Tetê,
Embora não estava tão bem preparado como vocês, gostei muito de fazer esse trekking.
Nos vemos por aí!
Abraço

Alfredo do Nascimento Juniorreply
20 de março de 2017 at 21:32

Parabéns. Excelente relato e percepção. Tuas fotos são muito, mas muito, especiais. Um olhar e técnicas apuradas. Fantástico.

ipereply
20 de março de 2017 at 21:34
– In reply to: Alfredo do Nascimento Junior

Obrigado Alfredo, fico muito feliz que tenha conseguido entrar e que tenha gostado. Um abraço!

Esequielreply
22 de março de 2017 at 16:38

Parabéns pelo belo trabalho Ipe! Que belas fotos! Tomei a liberdade de utilizar uma delas no meu face e, logo após compartilhei o álbum mencionando seu trabalho.

ipereply
22 de março de 2017 at 16:42
– In reply to: Esequiel

Valeu Esequiel, é isso aí, compartilhar é massa! Dar os créditos, melhor ainda! 😉

Leave a reply